Xou da Xuxa


 

O Xou da Xuxa foi um programa infantil de variedades apresentado por Xuxa Meneghel na Rede Globo entre 30 de junho de 1986 a 31 de dezembro de 1992, com 2000 edições concluídas. Escalado para substituir o Balão Mágico, o Xou da Xuxa herdou deste o horário, a fatia de público e o acervo de desenhos. Mas a estrutura básica do Xou da Xuxa veio do Clube da Criança, programa do fim de tarde da Rede Manchete que revelou Xuxa como apresentadora. Mas na nova emissora o programa ganhou melhores cenários, o tratamento do padrão Globo de qualidade e uma marcante mudança de órbita --- todos os elementos passaram a girar em torno da personalidade de Xuxa, o que, no limite, despertava nas crianças uma reverência praticamente religiosa.

 

O programa misturava brincadeiras, atrações musicais, números circenses, exibição de desenhos animados e quadros especiais, e contava com a participação de em média de 200 crianças em cada gravação. O programa era dividido em nove blocos de segunda a sexta-feira, e em sete blocos aos sábados.

 

Para comandar a atração, Xuxa contava com o auxílio de personagens que logo se tornariam marcas de seus programas, como as auxiliares Andréa Veiga e Andréa Faria, a “Sorvetão”, que evoluíram para o nome de Paquitas, o Dengue (Roberto Berttin) e o Praga (Armando Moraes). Eles ajudavam a apresentadora na organização e na animação do auditório. As Paquitas vestiam-se com roupas inspiradas em soldadinhos de chumbo, equilibradas sobre botas brancas, enquanto o Dengue, um enorme mosquito cheio de braços, vestia-se de verde e laranja dos pés à cabeça, e o baixinho Praga, usava uma fantasia de tartaruga.

 

A principal preocupação da equipe do programa era deixar as crianças livres, como se estivessem num parque de diversões. Para garantir o clima de descontração, o infantil era feito com o mínimo de edição possível, transmitindo a ideia de um programa ao vivo. Outra característica marcante do Xou da Xuxa eram as coreografias diferentes encenadas pela apresentadora em cada número musical do "Xou", todas criadas pelo bailarino uruguaio Oswald Berry.

 

O programa tornou-se líder de audiência em pouco tempo no seu horário e fez da apresentadora o maior ídolo infantil do país. Xuxa referia-se às crianças como “baixinhos” e, por isso, passou a ser chamada de “Rainha dos baixinhos”. Seu bordão “beijinho, beijinho e tchau, tchau” também virou febre e é uma das marcas mais fortes da apresentadora. Foram lançados diversos produtos com a marca de Xuxa, como bonecas, roupas e acessórios, e as crianças de diferentes níveis sociais começaram a se vestir igual à Xuxa. As botas de couro brancas e as “xuxinhas” para prender os cabelos viraram febre entre crianças e adolescentes.

 

Ao longo dos anos, o Xou passou a investir em quadros, diversificando as atrações do programa.

 

Vários personagens interpretados por Xuxa permaneceram no ar ao longo da existência do programa. Entre os de maior repercussão estavam Vovuxa, uma simpática velhinha que adorava contar histórias e piadas; Madame Caxuxá, uma astróloga que transmitia mensagens sobre higiene e alimentação como se estivesse lendo o horóscopo do dia; Dra. Boluxa, médica que dava conselhos para as crianças de como agir no dia-a-dia em caso de resfriados e machucados; e Xoxum, sábio chinês que ensinava a transformar jornais e revistas em brinquedos.

 

O Xuxerife também se juntava à turma do Xou da Xuxa para investigar denúncias feitas pelas crianças através de cartas.

 

O programa era inteiramente gravado no Teatro Fênix, no Rio de Janeiro.

 

O figurino da apresentadora, criado por Sandra Bandeira e sua equipe, era uma atração à parte: em cada programa, Xuxa aparecia com um modelo diferente. Em novembro de 1988, cerca de dois anos e meio depois da estreia, Xuxa já havia se vestido de 759 maneiras diferentes. Apesar de estar sempre mudando o visual, a marca registrada de Xuxa eram as minissaias, as xuquinhas, as botas e as ombreiras.

 

A direção geral continuava com Marlene Mattos, e a coordenação de produção era de Nilton Gouveia

 

Fonte: Wikipédia